Campanha de nacionalização no Brasil.
A partir de 1942 o Brasil que era parceiro comercial da Alemanha, se alia ao bloco dos aliados a fim de redefinir suas relações internacionais, pois a relação comercial com a Alemanha era baseada na troca, enquanto com os Estados Unidos compravam suas matéria- primas. Uma das exigências dos aliados era a repressão dos súditos do eixo em todo o território brasileiro, ou seja, os imigrantes de italianos, alemães, japoneses.
As autoridades brasileiras, o governo Vargas criaram a política de nacionalização, esse processo tinha como proposta principal construir um país patriota e uma identidade nacional, pois o Brasil era um misturado de várias etnias diferentes, o objetivo era unir todas em uma única identidade e nação, mas o principal alvo por trás da campanha de nacionalização foram os descendentes dos "inimigos de guerra", as colônias alemães, italianas, japonesas aqui presentes, a região mais afetada foi o Sul, pois aqui estavam o maior número de estrangeiros.
Esses estrangeiros passaram por um processo de abrasileiramento, pois houve uma forte onda repressiva e de perseguição do governo Vargas à suas práticas culturais, políticas e econômicas de origem.
Muitas foram as formas de repressão, os campos de concentração serviam para afastar esses estrangeiros que representava um perigo a segurança nacional. Os descendentes foram proibidos de falar seu idioma de origem, pois as colônias de imigrantes viviam conforme sua cultura originária, seus vínculos com seu país foram cortados, seus pertences que remetia aos inimigos foram apreendidos, as escolas que ensinavam em língua alemã e italiana foram fechadas como igrejas.
Alguns desses imigrantes apoiavam e era afiliados ao partido nazista, mas a perseguição repercutiu em todos os imigrantes.
Os currículos escolares foram os mais afetados, pois foram alterados para contar a história da nação, houve uma reforma educacional, foram organizado disciplinas, conteúdos e métodos que atendesse os interesses republicanos.
Claro que muitos fatos ficaram de fora dos currículos escolares, por exemplo os campos de concentração para os súditos do eixo, a violência ocultada pela história, por mais que o governo Vargas tentou passar a imagem que não houve violência, os testemunhos das vítimas e as cartas espanholas mostram ao contrário.
As cartas espanholas estão disponíveis no instituto Carl Hoepcke: www.institutocarlhoepcke.com.br/
REFERÊNCIAS
ZANELATTO, João Henrique; GONÇALVES, Renan Borges. Campos de concentração/confinamento no vale do Araranguá durante a segunda guerra mundial. Oficina do historiador, Porto Alegre, v.1, nº6, p.3-22, jan/jun. 2013.
SILVA, Cristiane Bereta da; ZAMBONI, Ernesta. Cultura Política e políticas para o ensino de história em Santa Catarina no início do século XX. Revista Brasileira De História, São Paulo, v.33, nº 65, p. 135-159. 2013.
FÁVERI, Marlene. Memórias de uma (outra) guerra: Cotidiano de medo durante a segunda guerra mundial em Santa Catarina. Nº pgs. 392. UFSC, Florianópolis, 2002.
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