O esquecido holocausto cigano.


Os ciganos são povos originários do norte da Índia, saíram de lá devido as invasões islâmicas lideradas por Sultão Mahumud e Grazni.
Chegam na Alemanha no ano de 1410, em toda Europa sofreram perseguições principalmente na Alemanha, eram vistos como criminosos e associais.
No século XVII o imperador Karl IV, ordenou que os ciganos adultos fossem exterminados e que as mulheres e crianças ciganas tivessem as orelhas cortadas com intuito de puni-los e identifica-los.
No século XIX foi implantada na Alemanha agência de informação Nachrichtendienst in Bezug auf die Ziegeuner (Central para o combate da moléstia cigana), que tinha como objetivo de controlar os ciganos no país e proibi-los de casar com pessoas não ciganas.
Segundo os fatos históricos estima-se que 500 mil ciganos teriam sido exterminados durante a segunda guerra mundial e outros teriam sido esterelizados.
A Europa sempre foi palco de perseguições de judeus e ciganos, bem antes da Alemanha nazista, os judeus acusados de serem responsáveis pela crise e ciganos acusados de criminosos, ladrões, associais, ambos eram vistos pelo regime nazista como estrangeiros sem pátria.
A política do estado nazista contra a miscigenação, com as leis de Nuremberg restringe os ciganos na Alemanha, como não poderia ciganos casar com não ciganos, a expulsão dos estrangeiros era óbvia da Europa ocupada.
O fato é que as autoridades alemães se negaram no pós segunda guerra mundial a indenizar as vítimas ciganas, por serem "criminosos", diferente dos judeus que receberam indenizações exageradas da Alemanha.
O holocausto foi uma construção acerca da perseguição que os judeus viveram durante a segunda guerra mundial, porém o holocausto exclui outras vítimas da perseguição de estado nazista, pois não foi apenas judeus que foram perseguidos neste tempo, motivo eminentemente político para outras vítimas apagadas da perseguição nazista durante a segunda guerra mundial.
"O que está por trás da recusa da existência de outras vítimas do genocídio nazista? A questão eminentemente política,afinal grande problema para os sustentadores de "O Holocausto" é que o reconhecimento de outros povos como ciganos como vítimas imputaria em perder a exclusividade do genocídio (judeu), ficando injustificável o argumento de  a "solução final" ser o ápice do antissemitismo,perdendo assim o seu poder de aglutinador político em Israel." (NARCIZO, pág. 8, 2012).
É certo que o "holocausto" cigano é apagado da historiografia da segunda guerra mundial, os apontamentos colocados até agora respalda uma possibilidade que alguns historiadores acreditam para explicar tal invisibilidade dos ciganos, pois os próprios judeus requerem uma exclusividade da perseguição hitlerista na segunda mundial, esse é o motivo mais óbvio de os ciganos não serem lembrados.
Pois mesmo tendo uma tentativa de construir um estado para os ciganos e indenizações, os mesmos continuam sem alcançar nenhum dos objetivos.
Com certeza os judeus conseguiram um estado independente através do seu poder político, pois recebem apoio financeiro de economias mundiais, enquanto aos ciganos só lhe é dado o esquecimento.
A própria historiografia e o julgamento dos nazistas no tribunal de Nuremberg, frisa sempre o antissemitismo aos judeus. Os livros acerca da segunda mundial contados pelos historiadores judeus marcam que a diferença dos crimes do estado nazista e dos democratas é o genocídio judeu, como relata o historiador francês e judeu Pierre Vidal-Naquet em seu livro "Os assassinos da memória".

Referências:
O extermínio de ciganos durante o regime nazista. Marcos Toyansk Silva Guimarais.

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