UMA ANÁLISE DOCUMENTAL SOBRE AS PROVAS DO HOLOCAUSTO.
Antes de iniciar o assunto proposto do artigo, vou falar sobre minha metodologia, a análise documental. O que é um documento? É a base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para consulta, estudo ou prova. Então o seria uma análise documental? A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema. (LUDKE e ANDRÉ, 1986); O trabalho de análise já se inicia com a coleta dos materiais, não é acumulação cega e mecânica. A medida que colhe as informações, o pesquisador elabora a percepção do fenômeno e se deixa guiar pelas especificidades do material selecionado (LAVILLE; DIONE, 1999).
Neste artigo analisarei a partir da pesquisa documental, os documentos que são utilizados como prova do holocausto judeu, que são fontes escritas e não escritas, como testemunhos orais, fotografias, e documentos escritos como registros do governo nazista, que foram apresentados no tribunal de Nuremberg como provas do extermínio judeu durante a segunda guerra mundial.
FOTOGRAFIAS:
As fotografias apresentadas pelos judeus como provas do holocausto, foram encontradas nos campos de concentração anos depois, acredita- se que a resistência nazista teria se infiltrado nos campos, com o objetivo de tentar registrar através de vídeos e fotografias o extermínio judeu, muitos dos prisioneiros também teriam tirado as fotos e escondido nos campos, essas fotos foram encontradas em várias partes dos campos de concentração.
Durante a segunda guerra, haviam “boatos” que os judeus estavam sendo exterminados nos campos nazistas, junto com outras vítimas como ciganos, porém como esses boatos vinham da resistência nazista, não tiveram muita atenção durante a guerra. As fotos encontradas versam o cotidiano dos campos de concentração, como a imagem acima, que faz parte do registro do judeu grego, Alberto Errera, que esteve preso em Auschwitz- Birkenau, Errera foi morto em 1944 nos campos, o carretel de fotografias, foram encontrados em um tubo de pasta de dente dentro de Auschwitz, não se sabe como ele teria conseguido acesso a uma câmera, neste carretel tinham quatro imagens, uma delas é a acima que mostra os corpos dos judeus sendo incinerados no campo.
Existem fotos mostrando os judeus indo para as câmaras de gás, segundo os testemunhos dos sonderkomando, eles afirmam que se dizia para as vítimas se despir, para tomar banho, quando chegavam no destino final, eram empurrados para dentro da câmara, ameaçados com armas, entravam nus, a porta era fechada, e os soldados nazistas, jogavam lá de cima da câmara, através de exaustores o ziklon B, que causava ataque cardíaco e convulsões até a morte.
Nenhuma fotografia mostra as câmaras de gás e esse processo descrito pelos judeus do sonderkomando que trabalhavam nos campos, e as fotografias que se tem mostram o cotidiano, como mortos acima, porém não se pode remontar o extermínio através destas fotos, como a que escolhi acima.
Pois estudos da história recentes refutam fotografias como provas absolutas, as fotografias não tem relevância significativas como provas, pois alguns estudiosos do assunto como no livro "Fotografia e história" de Boris Kossoy afirma que as imagens são "ciladas sedutoras ou ficção documental, ou seja, a imagem que utiliza o realismo fotográfico da aparência como testemunho fiel ou "prova", pretende "conduzir o receptor desavisado a imaginar uma situação verdadeira que não existe, para criar, enfim, no imaginário dos receptores uma pseudo realidade. (KOSSOY, BORIS. Fotografia e história, pág. 121).
Nos museus do holocausto, se tem um roteiro de imagens, como pilhas de sapatos, fios de cabelo, óculos, ou seja, pertences pessoais das vítimas que foram encontrados nos campos. Nenhuma foto apresenta por judeus que alegam ter sido encontradas, ou melhor escondidas em lugares imagináveis como dentro de um tubo de pasta de dente, ou até mesmo enterradas, mostram as câmaras de gás, e milhares de mortos sendo incinerados, para serem usados como provas, pois fotografias podem ser cenários criados, e dar uma ideia falsa de alguma verdade, como aponta estudos da história.
DOCUMENTOS:
Milhares de documentos foram apresentados como provas do extermínio judeu no tribunal de Nuremberg, os documentos são registros do governo nazista. Apesar de historiadores reconhecidos como referência na segunda guerra mundial, como Ian Kershow e Martin Braszat, afirmarem que não existe nenhum documento assinado por Hitler a respeito de mandar exterminar judeus nos campos de concentração, se acredita que Adolf Hitler teria mandado destruir documentos comprometedores, outros teriam sido destruídos nos bombardeios de guerra, porém muitos documentos foram encontrados por promotores das forças aliadas depois da captura da Alemanha e derrota do eixo de 1945.
Mas o que diz os métodos da história acerca do uso dos documentos, ou seja, fontes escritas como prova? Para a história, nenhum documento pode ser utilizado como uma prova definitiva, como afirma o historiador Paul Thompson, todos os documentos podem ser manipulados, “Paul Thompson argumenta que nenhuma fonte está livre de subjetividade, seja ela, escrita, oral e visual. Todas podem ser insuficientes, ambíguas ou até mesmo possíveis de manipulação” (MATOS; SENNA, pág, 102).
TESTEMUNHOS:
Com o fim da segunda guerra mundial, e a captura dos campos de concentração, os judeus vão ficar dois anos em silêncio sobre as câmaras de gás, e o “terror” que tinham passado nos campos de extermínio nazista, esses fatos só vem a tona depois de dois anos, os historiadores retratam que esse tempo de silêncio dos judeus se deu pelo fato de ser uma memória traumática, que as próprias vítimas querem esquecer.
No final dos anos 1940 e começo dos anos 1950, vai começar a surgir obras testemunhais sobre o extermínio por gaseamento dentro dos campos de concentração nazista, os judeus vão começar a relatar através de livros, filmes, os anos de extermínio e violência que foram submetidos.
Alguns livros vão surgir nesse período, relatando os testemunhos de sobreviventes dos campos de concentração, como “Isto é um homem” de Primo Levi, A noite de Elie Wiesel, o diário de Anne Frank entre outros. No livro “A noite” de Elie Wiesel, Wiesel foi um judeu que sobreviveu aos campos de concentração, foi preso em 1944 com sua família em Auschwitz, nesta época ele tinha quinze anos, sua mãe e sua irmã morreram nas câmaras de gás, e Wiesel e seu pai foram deportados para o campo de trabalho de Buchenwald, seu pai morreu no campo.
Nesses testemunhos escritos, alguns livros são ser ficções utilizadas pelos judeus como memórias testemunhais, como por exemplo, o diário de Anne Frank e a obra de The painted birds de Benjamim Wilkomorsi.
O livro do diário de Ane Frank, sua primeira publicação foi em 1947, foi comprovado que foi seu pai que escreveu a maior parte do livro, mas é retratado como se fosse escrito por Ane. E o livro The painted birds, que mostra o sofrimento de uma criança judia suiça na segunda guerra mundial, não passa de uma ficção, pois foi comprovado que o autor nem era judeu e seu nome verdadeiro é Bruno Doeskker.
A história do holocausto foi construída a partir de memórias das próprias vítimas, o holocausto é um antigo ritual, que os hebreus praticavam como forma de adoração a Deus Iaweh, onde ofereciam plantas, animais e pessoas queimadas a divindade. O judeu Elie Wiesel que cunhou de holocausto o extermínio que os judeus passaram durante a segunda guerra mundial.
Como testemunho trata de uma memória, vamos aos estudos de métodos historiográficos acerca da memória.
A partir dos anos 1970, a nova história vai surgir novos estudos acerca da memória, pois a memória pode ser coletiva, os historiadores vão analisar os testemunhos dos sobreviventes do holocausto, apontando alguns problemas na sua construção.
Portanto, o holocausto é uma memória coletiva, para Le Goff a memória é “uma propriedade de conservar certas informações, remete- nos em primeiro lugar ao um conjunto de funções psíquicas, graças as quais o homem pode atualizar impressões ou informações passadas, ou que ele representa como passadas”. (LEE GOF, 1992, p. 423) e uma grande conquista e pode ser utilizada como instrumento de poder, “Nas sociedades desenvolvidas, os novos arquivos não escaparam a vigilância dos governantes, mesmo se podem controlar essa memória tão estreitamente como novos utensílios de produção desta memória, nomeadamente a do rádio e da televisão.” (LEE GOF, 1992, p. 477).
Percebemos que a memória do holocausto apesar de ser uma memória traumática, que os próprios judeus, afirmam que querem esquecer, é utilizada pelo movimento sionista como uma forma de legitimação política em Israel, além de ter se tornado um mercado de ganhos financeiros, como museus, livros e filmes.
Porém os testemunhos do holocausto são memórias que passam pelo esquecimento, lembranças de diferentes pessoas que estiveram nos campos, e que cada uma sentiu de uma forma diferente, pois são fontes orais, sendo assim impossíveis de reconstruir o que aconteceu nos campos, e até mesmo as câmaras de gás, história oral são memórias vividas por indivíduos, não podem ser consideradas uma prova precisa, “Pois depoimentos orais são fontes subjetivas, relativas a memória individual, as vezes falível e fantasiosa.” (MATTOS; SENNA, pág. 102).
Conclusão:
Os judeus não tinham nenhuma prova inicialmente que provasse as câmaras de gás, apenas suas lembranças, posteriormente foram encontradas evidências sobre o acontecimento, que foi citada acima, como documentos e fotografias.
Porém analisando suas provas a luz dos métodos da história, fica impossível provar as câmaras de gás nos campos, o holocausto seria mais que uma possibilidade, ou uma teoria do que aconteceu nos campos de concentração, baseadas nas próprias memórias, que são fontes orais, fotografias e documentos acerca do governo nazista, porém como citado acima, fotografias são ficções, podem ser cenários montados, e não tem nenhuma que mostre as câmaras de gás, os testemunhos são história oral, não é considerado uma prova definitiva, pois cada indivíduo vai sentir os campos de uma forma diferente, os campos eram enormes, a parte do dito extermínio era longe da parte do trabalho, os testemunhos mais aceitos são os judeus que trabalhavam no sonder kommando, que eram eles que tiravam os corpos para serem queimados, e documentos podem ser manipulados como todas as fontes.
Como o próprio historiador judeu Pierre Vidal Naquet afirma em seu livro, “Os assassinos da memória”, “Não existe verdade absoluta” (VIDAL- NAQUET, pág. 11), não existe uma verdade absoluta na história, na história é impossível voltar ao passado e resgata- lo na sua totalidade.
Por fim, cito uma frase retirada do mesmo livro do judeu Pierre Vidal- Naquet, na página 23, ele vai defender que os judeus ocupam um lugar particular na sociedade desde a dessidência cristã, e essa é uma justificativa usada pelo autor para diferenciar os crimes dos nazistas com os judeus e os crimes dos outros blocos, como a URSS e da social democracia, simplesmente porque eles tentaram sobre a vida de judeus, como se eles fossem vítimas exclusivas do regime nazista e da guerra, não se pode negar que foram vítimas e que morreram na guerra, mas não foram as únicas.
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